[:en]O que é ser homem para você?[:pt]O que é ser homem para você?[:]

[:en]

Assisti ao filme Noé esta semana e há duas definições do que é ser homem ditas no filme: a primeira vem de Noé que diz para seu filho “seja homem e faz o que tem que ser feito” dentro de um contexto de abrir mão dos sentimentalismos e preferências pessoais para fazer aquilo que é necessário em prol de algo maior. 

A outra definição vem de outro personagem – e vou me deter nas descrições para não estragar o filme para quem não o viu ainda – que após ver um jovem matar um homem disse: “agora você é um homem“. Duas definições bastante distintas para a mesma coisa: ser homem.

Há aqueles que consideram ser homem (e embora no filme refere-se ao gênero masculino, aqui coloco no sentido de ser humano), “matar” alguém. Usam do poder – seja econômico, cultural, educacional ou físico – para se impor. Como se isso os torna-se valentes. Precisar que o outro se renda é para quem ainda não entendeu que a vida não é uma competição e que ser alguém e estar na terra feliz não depende do outro. Na psicologia se compreende que a competição como estado de espírito demostra imaturidade, porque se depende do outro para ser alguém. A competição é comum nas crianças e nos adolescentes e se espera que num adulto saudável, que vai ganhando consciência de seu próprio ser e com isso segurança, diminua até desaparecer.

A consciência de quem se é pode ou não trazer orgulho de si mesmo. Uma das crenças que me regem é que a força que nós sustenta nos momentos mais difíceis da vida, vem de saber que desenvolvemos a capacidade interna de dominar nossos próprios desejos e vontades. E isso se desenvolve na medida que fazemos “o que tem que ser feito” como disse o personagem Noé. Sem crise, sem sacrifício, sem nos vitimizar.
Assumir e cumprir nossas responsabilidades. Mesmo que a gente não goste de fazer. Parar de achar que a vida nos deve e que temos direito – irrestrito – ao prazer e só fazer o que nós gostamos. Querer só o bônus e não o ônus de estar vivo é virar adulto.

Quando fazemos o que é certo para nós, não necessariamente o que é bom para nós, costumamos ficar mais alegres conosco. Orgulhosos de quem somos e não necessariamente de quem representamos ser. E ai, penso eu, é que nos tornamos homens.

Infelizmente, os homens, e aqui sim eu me refiro aos do sexo masculino, têm misturado os momentos de escape e leveza (positivos) do qual falamos a semana passada com a irresponsabilidade. Criados muitas vezes se achando que o mundo está para eles, como o reino para o rei. Negam-se a fazer o lado chato da vida. Ao não assumir suas responsabilidades, deixam de cumprir a suas promessas dadas. Com isso, vai se gerando um processo de auto-estima alicerçado no ego – se achar muito importante – que o deixa fraco e frágil. A roda do espiral negativo está armada. Quanto mais fraco ele se sente, mas ele se alicerça na ilusão de sua auto-importância.

Tema denso, após Noé. Mas vale pena refletir sobre valores mais profundos esta semana. Para quem se interessar, aqui vai um pouquinho do filme.







Boa semana a todos. 

[:pt]

Assisti ao filme Noé esta semana e há duas definições do que é ser homem ditas no filme: a primeira vem de Noé que diz para seu filho “seja homem e faz o que tem que ser feito” dentro de um contexto de abrir mão dos sentimentalismos e preferências pessoais para fazer aquilo que é necessário em prol de algo maior. 
 
A outra definição vem de outro personagem – e vou me deter nas descrições para não estragar o filme para quem não o viu ainda – que após ver um jovem matar um homem disse: “agora você é um homem“. Duas definições bastante distintas para a mesma coisa: ser homem.
 
Há aqueles que consideram ser homem (e embora no filme refere-se ao gênero masculino, aqui coloco no sentido de ser humano), “matar” alguém. Usam do poder – seja econômico, cultural, educacional ou físico – para se impor. Como se isso os torna-se valentes. Precisar que o outro se renda é para quem ainda não entendeu que a vida não é uma competição e que ser alguém e estar na terra feliz não depende do outro. Na psicologia se compreende que a competição como estado de espírito demostra imaturidade, porque se depende do outro para ser alguém. A competição é comum nas crianças e nos adolescentes e se espera que num adulto saudável, que vai ganhando consciência de seu próprio ser e com isso segurança, diminua até desaparecer.
 
A consciência de quem se é pode ou não trazer orgulho de si mesmo. Uma das crenças que me regem é que a força que nos sustenta nos momentos mais difíceis da vida, vem de saber que desenvolvemos a capacidade interna de dominar nossos próprios desejos e vontades. E isso se desenvolve na medida que fazemos “o que tem que ser feito” como disse o personagem Noé. Sem crise, sem sacrifício, sem nos vitimizar.
Assumir e cumprir nossas responsabilidades. Mesmo que a gente não goste de fazer. Parar de achar que a vida nos deve e que temos direito – irrestrito – ao prazer e só fazer o que nós gostamos. Querer só o bônus e não o ônus de estar vivo é virar adulto.
 
Quando fazemos o que é certo para nós, não necessariamente o que é bom para nós, costumamos ficar mais alegres conosco. Orgulhosos de quem somos e não necessariamente de quem representamos ser. E ai, penso eu, é que nos tornamos homens.
 
Infelizmente, os homens, e aqui sim eu me refiro aos do sexo masculino, têm misturado os momentos de escape e leveza (positivos) do qual falamos a semana passada com a irresponsabilidade. Criados muitas vezes se achando que o mundo está para eles, como o reino para o rei. Negam-se a fazer o lado chato da vida. Ao não assumir suas responsabilidades, deixam de cumprir a suas promessas dadas. Com isso, vai se gerando um processo de auto-estima alicerçado no ego – se achar muito importante – que o deixa fraco e frágil. A roda do espiral negativo está armada. Quanto mais fraco ele se sente, mas ele se alicerça na ilusão de sua auto-importância.
 
Tema denso, após Noé. Mas vale pena refletir sobre valores mais profundos esta semana. Para quem se interessar, aqui vai um pouquinho do filme.
 
 
 
 
 
 
 
Boa semana a todos. 

[:]

Compartilhe:

WhatsApp
LinkedIn
Facebook

Deixe um comentário

Your email address will not be published. Campos obrigatórios são marcados com *

Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.