Por que queremos uma relação romântica-companheira?

Queremos trocar amor e afeto num ambiente que, no seu ideal, se apresenta como seguro. Parece ser o ambiente perfeito para nos expor e nos proteger do mundo vil.

Provavelmente no passado não muito distante,  a família, especialmente a núclear, era o espaço em que nosso sentido de segurança era estabelecido, mas talvez pela necessidade de maior expansão e liberdade que fomos nutrindo nas últimas décadas, a família se tornou um dos ambientes que restringe e pretende nos enquadrar num modelo que, de várias formas, não nos serve mais.

O sentimento de inadequação tomou conta de nós. Nos sentimos diferentes entre aqueles que deveriam pensar e ser iguais a nós. Na procura pelo alento que traz sentir-nos adequados, buscamos núcleos sociais que se pareçam com a gente ou com aquilo que desejamos ser. Mas muitas vezes esses núcleos sociais são também rígidos e restritos nas suas formas e modo de ser, e assim, novamente sentimos que não é neles que estaremos totalmente confortáveis.

Parece que o mundo perfeito ficou restrito a cada um de nós. Nossas conclusões são particulares, nosso raciocínio individual nos guia, acreditamos nós, isoladamente – muitos de nós reconhecemos a influência do meio com seus modelos, mas a maioria de nós acha que o insight é individual. Só nosso. Cada vez mais nos sentimos autores – únicos e exclusivos – de nossas vidas.

É nesse ambiente imaginário de criação individual que escolhemos alguém que pareça conosco. Alguém que não nos confronte mas nos ajude a ser melhor naquilo que acredimos como melhor. E com essa pessoa estabelecemos uma relação de parceria: parceira no amor.

Nessa relação que chamamos de romântica-companheira, criamos nosso mundo e nossa realidade. Conscientes de nosso poder criador de realidade, e inconscientes na interferencia social que nossa criação sofre. Pensamos, o tempo inteiro, que estamos sendo diferentes da massa. Na behavior chamamos esse pequeno núcleo social que está abrindo caminho para as identidades feminina e masculina contemporâneas se constituirem com valores e crenças diferentes: de Sociedade Par. É a dois que decidimos criar a nossa nova realidade. No Microcosmo da relação romântica-companheira.

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